sábado, 12 de março de 2011

Mãe....

Hoje eu acordei com uma saudade imensa da minha mãe... Cada dia que se passa sinto mais falta, assim é a vida e como dizia Renato Russo : Os bons morrem jovens...
Estou me preparando pra ser mãe, passam muitas coisas pela minha cabeça, estou amadurecendo e isso me faz tão bem. Primeira etapa vencida, saúde perfeita, agora é cuidar para que Deus me abençõe e me mande um presente especial, uma criança que eu já amo antes mesmo de sentir.
Olha o texto que encontrei, adorei e não vejo a hora com que tudo isso aconteça!!!

Ser mãe

Ser mãe é dividir o espaço da cama com um corpinho que te joga pra fora e te deixa sem coberta, cujas perninhas não param de te chutar. Sem falar a cabecinha, que teima em lutar contra a lei da física, que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, e quer ficar em cima da sua…

É desistir de assistir qualquer coisa, porque mãozinhas quentes pegam o seu rosto e seguram firme de encontro a narizinhos pequenos e arrebitados, escutando uma vozinha mansa falar “mamãe, olhe pra mim!”… Isso depois de brincar de carrinho, de trenzinho, de desenho, de esconde-esconde embaixo das almofadas…
Ser mãe é ficar no banheiro, sendo enganada por um ‘cocô’ que não vem, enquanto um rostinho contente monta o quebra-cabeças do Rei Leão, Dálmatas, Dumbo ou Mogli… E quando vc diz que só vai montar outro depois do tal ‘cocô’, ter que escutar um “então ele não vem…”
Ser mãe é fazer carinhas felizes em mãozinhas minúsculas e receber riscos na sua, acreditando que são outras carinhas felizes… É socorrer estas carinhas do papel, quando estão escondidas por riscos com medo do monstro…
Ser mãe é sofrer por antecipação e chorar escondida pelo braço do papai quando tem de levar o pequeno fazer exame de sangue…
Ser mãe é ser procurada na apresentação da escola, e receber um abraço apertado depois do final, depois de vários ‘beijinhos voadores’.
É ter de ouvir a clássica pergunta, depois de vestir o uniforme pela manhã: “pra onde a gente vai??”. É ser recebida na porta da escola, no fim do dia, com abraços e beijos, seguidos de um “você veio!!” e logo depois ver um dedinho apontado pra pastelaria da frente pedindo pra comer pastel. E quando chega lá, sair com o pastel e um chocolate…
Ser mãe é ouvir diariamente “Hum… Tive uma idéia!”, mas nunca saber qual idéia era…
É virar a cidade atrás de uma fantasia do Homem-Aranha, e não achar, mas ficar encantada quando o vê vestido como ‘Batman’, e saber que ele ficaria irresistível com qualquer uma. Aliás, aquelas covinhas na bochecha quando ele ri é que são irresistíveis!
É assistir 15 vezes no dia o Shrek, o Madagascar, a “Ela do Gelo”, a Lilo e Stitch, e escutar que vc estragou o filme do Nemo, sendo que vc ainda nem comprou o Nemo! Mas ser trocada pelo avô quando ele chega perto…
É escutar que vc tem que comprar o filme do Sem-Floresta, do Carros, dos Incríveis, e todos os outros que vc ainda não tem e nem lembra o nome, pq seu baixinho ‘picisa’ deles…
É ver o sol levar bronca porque queimou o braço do papai (que foi jogar tênis sem passar protetor solar…).
É ver os amigos correndo em direção ao mar, e ver o seu filho correndo pra fugir do mar…
Ser mãe é ouvir “mamãe, ti amo muito muito…”! E não tem nada melhor do que isso…
Ser mãe é ficar aflita com febres e tosses, é levantar de madrugada pra levar ao banheiro, é ficar desesperada quando eles se escondem nas lojas de brinquedo no shopping, é ter de colocar de castigo quando eles mordem o amigo… mas ter de presente todos os dias um sorriso doce de uma pessoinha que não é terrível nem ‘preguicinha’, é simplesmente seu FILHO.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Bruna Surfistinha

Não resisti e acabei indo assistir Bruna Surfistinha, na companhia agrádavel do meu amor e duas amigas super legais.

Em geral os filmes nacionais são vistos como "Putaria", por se tratar de sexo ou violência na maioria das vezes. Eu discordo, putaria é o que acontece em Brasília ou em grande parte da sociedade hipócrita, que acha que todo filme tem que ser um conto de fadas ou ensinar alguma coisa boa. Mas hoje vou falar do filme.
Um elenco magnífico, ótima trilha sonora e uma história no mínimo curiosa, sempre quis saber como era a vida de uma garota de programa e o filme mostou bem.
Conta a a vida de uma garota que foi abandonada pequena e adotada por uma família de classe média hipócrita brasileira, sofreu muito com preconceito até que deixou de bancar a "nerd" boazinha e resolveu mudar de turma, ficar popular, desejada, etc.
Uniu trabalho com diversão e virou o jogo, garota de programa, iniciou em um privê fulero, mais tarde com uma boa carteira de clientes e o blog mais famoso do brasil, passou a trabalhar por conta, conquistou em alguns dias o patrimônio que muitas famílias não conseguem em anos de trabalho.
Mas como não se trata de uma histórinha de princesa, conheceu gente de todo tipo, sentiu falta de casa e da família, mergulhou de cabeça nas drogas, perdeu quase tudo e voltou a trabalhar num privê, pior que no início. Casou com um ex-cliente, publicou o livro: O doce veneno do escorpião, que vendeu 250 mil exemplares e "aposentou-se".
Gostei do filme, porém gostaria que mostrasse um pouco mais a vida após a publicação do livro, esperava um outro final, mas valeu a pena.
Quantas Brunas existem em São Paulo? Umas ricas, outras pobres..... apartamentos luxuosos ou pulgueiros...